Sempre acabo esquecendo desse Blog. Não por achar desimportante, pois acho, no mínimo, interessante demais até. Mas porque os entretenimentos aleatórios, a falta de atenção nas coisas e a memória terrível colaboram.
Hoje, andando sozinho pela serrota defronte da roça dos meus avós, fiquei pensando bastante em tudo. Na vida, em mim, no futuro, no presente, no que quero, se quero.
Percebo que nunca consigo respostas. No máximo, decido coisas para cessar ou tentar colocar fim às filosofias sem muita orientação que fico fazendo.
Hoje, em resumo, estou a ponto de voltar pra casa na cidade, de onde estive sem dormir há dias, por ter terminado meu namoro e deixado a ex por lá, organizando com calma a sua mudança.
E longe de casa, encontro tempo, tédio, pensamentos. Me resta isso. Não que seja algo ruim. Acho que é até necessário em certa medida. Mas o desconforto vem de eu nunca chegar a lugar nenhum.
Só consigo martelar na cabeça um verso de um poem de Fernando Pessoa em que ele se questiona: "Que sei eu do que serei? eu, que não sei o que sou?".
E mais uma vez, como em várias outras ocasiões em que tenho que filosofar sobre minha vida e me questionar sobre o que fazer, o que querer, etc, decidi que, agora que terei mais tempo só, vivendo em uma casa minha, vou apenas terminar coisas que comecei há tempos (ou, ao menos, gostaria de ter começado), como terminar os jogos e séries que comecei e nunca terminei. Bem como os planos doidos de montar uma casa num terreno do meu pai, planejar uns mini passeios, aprender de vez a tocar guitarra de forma mais ou menos etc.
Só fazer coisas que quero, sem pensar muito. Sem perder muuuito tempo planejando. Pensei tanto em como temos pessoas em nossas vidas que simplesmente sobrevivem apenas um dia após o outro, como nossos avós, que parecem só viver para receber os familiares, fazer feira, cozinhar e dormir.
Ao mesmo causa medo o quanto a gente vê pessoas conhecidas que "simplesmente" morrem. Sem esperarmos. Sem elas próprias terem ideia do quanto só podiam fazer algumas coisas mais doidas, ou interessantes.
E de forma completamente irônica, penso também no quanto é inútil ir atrás das coisas. Não vão nos servir. Não servem pra nada. Não mudam em nada a vida (e se mudassem, em que teria importância?).
Pensar é uma maldição. Mas é tão necessário quanto é maldita. Não pensar incomoda. Pensar incomoda. Não é o que fazer. Aliás, há sim, fazer. Ou não fazer (que também é fazer algo).
Então, por agora, nessa tarde pacata de domingo, hospedado à casa dos meus avós, na roça, vou apenas encerrar esse Post, abrir um jogo que há tempos não termino, e depois pensar no que fazer em seguida, para encerrar o dia e amanhã trabalhar como um robô sem tempo de pensar, para ganhar dinheiro e depois gastar com coisas pouco interessantes e inúteis, preenchendo minha vida, da forma menos abobada possível, ou mais interessante possível para mim.
E é isso.
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